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domingo, 30 de novembro de 2014

O nexo Irã-Cuba-Venezuela

Mary Anastasia O’Grady

Na Venezuela e na Bolívia o Irã deu mais um passo, ao desenvolver uma presença militar através de acordos conjuntos nas indústrias de defesa. Na Venezuela, a zona zero desta atividade é o estado Aragua, onde El Aissami é o governador.


Meus leitores lembrarão que em julho os Estados Unidos solicitaram às autoridades locais a prisão e a extradição do general venezuelano Hugo Carvajal, por suspeita de tráfico de drogas com as guerrilhas colombianas. Carvajal foi detido mas a Holanda interveio, rechaçou o pedido de extradição e o deixou em liberdade.

O general havia sido enviado para ser o cônsul venezuelano na ilha e difundir propaganda bolivariana. Teria sido uma importante detenção de inteligência para os Estados Unidos. Por isso não foi muito surpreendente que o ministro de Relações Exteriores venezuelano na ocasião, Elías Jaua, e a esposa do presidente Nicolás Maduro, Cilia Flores, celebrassem a decisão da Holanda recebendo o avião no qual Carvajal regressou a Caracas.
A terceira pessoa de alto nível no comitê de boas-vindas no aeroporto - o governador do estado Aragua, Tarek Zaidan El Aissami Maddah, parecia fora de lugar porque não pertence ao governo nacional. Bem, isso se não se leva em conta seu currículo: parte mestre das relações com o Oriente Médio, parte revolucionário cubano honorário e parte chavista altamente ambicioso, El Aissami é o sonho tornado realidade para Teerã e Havana. Isso o converte em um homem influente na Venezuela.

Embora o presidente Barack Obama seja pressionado por ativistas de esquerda para mudar a política dos Estados Unidos sobre Cuba antes da próxima Cúpula das Américas que será celebrada em abril no Panamá, suas opções são limitadas por leis que requerem a aprovação do Congresso para realizar mudanças. Não obstante, uma decisão importante em suas mãos é eliminar Cuba da lista de estados que patrocinam o terrorismo do Departamento de Estado dos Estados Unidos. Antes que o presidente faça isso, os norte-americanos devem estar a par das acusações de um analista de segurança da região sobre o trabalho de El Aissami a favor do islam radical e respaldado por Cuba.

O ocidente está ciente da crescente presença do fundamentalismo islâmico na América, porém as autoridades poderiam estar subestimando a ameaça. Joseph Humire é um analista de segurança e co-editor de Iran’s Strategic Penetration of Latin America (algo assim como A penetração estratégica do Irã na América Latina), um livro publicado este ano. Em uma entrevista na semana passada em Nova York, Humire descreveu o progresso considerável do Irã, ao longo de três décadas, em estabelecer operações na região.

As etapas iniciais do processo incluíram agentes clandestinos que usaram mesquitas para fazer conexões no interior das comunidade muçulmanas, e depois aproveitaram essas relações para ter acesso à riqueza e ganhar proeminência política. Nos lugares onde estas primeiras incursões foram exitosas, assinala Humire, o Irã abriu embaixadas e estabeleceu acordos comerciais que permitem aos agentes criar negócios, que podem ser utilizados como fachadas para operações encobertas.

Na Venezuela e na Bolívia o Irã deu mais um passo, ao desenvolver uma presença militar através de acordos conjuntos nas indústrias de defesa. Na Venezuela, a zona zero desta atividade é o estado Aragua, onde El Aissami é o governador.

Havana aplaude a intervenção islâmica. Desde o surgimento do chavismo, Cuba proporcionou serviços de inteligência à Venezuela e seus aliados regionais, principalmente Nicarágua, Bolívia e Equador. Humire diz que também forneceram tecnologia da informação para passaportes, o que permitiu a esses países tramitar documentos a pessoas do Oriente Médio, outorgar documentos novos e manter em segredo suas verdadeiras identidades. Cuba utilizou esta capacidade para intercambiar informação com países afins, inclusive Rússia e Irã.

Criado na Venezuela por um pai nascido no Líbano e doutrinado pelo movimento estudantil de esquerda Utopia 78, na Universidade de Los Andes, foi ministro do Interior entre 2008 e 2012. Segundo um informe de junho de 2014 do Center for a Secure Free Society, com sede em Washington, do qual Humire é diretor executivo, “autoridades regionais de inteligência” acreditam que o escritório de El Aissami utilizou tecnologia da informação desenvolvida pela segurança estatal cubana, para outorgar a 173 pessoas do Oriente Médio novas identidades venezuelanas que são extremamente difíceis de rastrear.

O informe, Canada on Guard: Assesing the Immigration Threat of Iran, Venezuela and Cuba (algo como Canadá em guarda: avaliando a ameaça imigratória do Irã, Venezuela e Cuba), assinala que autoridades de inteligência da região acreditam que “entre as pessoas mais notáveis” que receberam documentos falsos de Caracas estavam Suleiman Ghani Abdul Waked, um importante membro do Hizbolah libanês. O mesmo informe, que cita entrevistas com autoridades de inteligência latino-americanas anônimas, sustenta que El Aissami construiu “um conduto terrorista criminoso que traz militantes islâmicos à Venezuela e países circundantes, e envia fundos ilícitos da América Latina ao Oriente Médio”. Humire me disse que o governo venezuelano qualificou o informe como propaganda norte-americana.

Aragua é a sede de Parchin Chemical Industries (PCI) e Qods Aviation, duas empresas das Forças Armadas iranianas que têm sociedade com a indústria militar venezuelana, segundo Iran’s Strategic Penetration of Latin America. PCI é fabricante de explosivos, munição e propulsores de mísseis. Qods é produtor de veículos aéreos não-tripulados. Ambas companhias foram sancionadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, sob a Resolução 1747.

O capítulo escrito por Humire assinala que Havana agora “tenta cancelar sua dívida com o Irã”, para receber assistência econômica de Teerã. Esta ajuda, sem sombra de dúvida, estará condicionada a um maior acesso iraniano aos países sob a influência cubana, inclusive Venezuela, diz o expert. Provavelmente recorrerão a El Aissami, para que ele os ajude.
 
Tradução: Graça Salgueiro

OAB e sua insólita Comissão da Verdade sobre a escravidão negra. Mas sobre o Petrolão, nada

Percival Puggina

A tarefa, é claro, tem que envolver o governo petista. Qualquer outro, mandaria a OAB cuidar da própria vida. Mas sabe bem a OAB que se o governo não participar não aparece dinheiro para a colheita.

A recente decisão tomada pelo Conselho Federal da OAB me fez ver como esses devaneios históricos transitam no Brasil. Devagar e sempre. Demoram mas vão para onde os querem levar. As motivações para que avancem são muitas e graves: é tudo questão de privilégio, poder e dinheiro.

A notícia me lembrou de um artigo que escrevi em 1999, para o Correio do Povo. Estávamos, no Rio Grande do Sul, sob o governo petista de Olívio Dutra, nosso conhecido Exterminador do Futuro. A Secretaria de Educação, totalmente dedicada à conquista gramsciana da hegemonia, lançara uma cartilha que tratava obviedades históricas como achados ideológicos do governo popular e democrático. O texto que escrevi a respeito dessa cartilha tinha por título "Aqui são outros quinhentos" e, lá pelas tantas, dizia assim:
"Doravante, de acordo com o livrinho vermelho dos pensamentos da SEC, passa-se a ensinar a grande novidade de que havia índios no local do desembarque ocorrido em 21 de abril de 1500, atribuindo-se a esse episódio, portanto, o nome de Invasão. Tal verdade histórica estabelece uma conveniente referência para homologar as práticas do MST. Nesse livreto é ensinado ao povo que o país chamado Brasil, constitui, há cinco séculos, um sinistro e gigantesco usucapião lançado contra os primitivos e legítimos proprietários."
E prossegui, ironizando: "Também é denunciado, ali, que os ancestrais dos negros e mulatos foram trazidos para a América como escravos, nos infectos porões de navios negreiros. Quem ler a cartilha fica com a impressão de que antes do governo popular e democrático, a versão dominante é a de que os negros aportaram ao Brasil como turistas, a bordo de confortáveis transatlânticos. Só a democracia popular e participativa do governo petista teria permitido arrancar o véu da mentira e revelar para a História, que os escravos, inclusive, trabalhavam de graça e eram frequentemente maltratados."
Passados 15 anos, chega a vez da OAB. Transitando ao largo de bibliotecas inteiras, toneladas de livros escritos sobre o tema em diversos idiomas, propõe ela que o governo crie uma Comissão da Verdade sobre a escravidão. A tarefa, é claro, tem que envolver o governo petista. Qualquer outro, mandaria a OAB cuidar da própria vida. Mas sabe bem a OAB que se o governo não participar não aparece dinheiro para a colheita.
Enfim, na perspectiva dos pais da ideia, tudo se passa como se a vinda dos escravos africanos fosse um mistério insondável, um autêntico naufrágio da verdade que agora, felizmente, sob um governo que sabe muito bem criar e se beneficiar de cisões e ressentimentos, será "resgatada" dos mais profundos abismos da história universal. Parolagem político-ideológica que a Secretaria de Educação do governo Olívio Dutra iniciou no Rio Grande do Sul há 15 anos e que, agora, poderá render um "fundo de reparação" cuja conta, como sempre, virá para a sociedade. Como será com a farra do "Petrolão", a respeito do qual a OAB nada diz.
http://puggina.org

Fonte: Mídia Sem Máscara

Socialismo jabuticaba

Há quem acredite que o povo brasileiro ainda vive num pleno regime democrático e que dizer que estamos num regime socialista é atestar a própria loucura. Seria mesmo loucura? Talvez a resposta a algumas perguntas possam ajudar a entrever uma conclusão.
1. O que é fomentado hoje nos meios educacionais e midiáticos? Ajudar o próximo e melhorar seu entorno ou deixar que o governo faça isso por você?
2. Temos instituições civis fortes o bastante para impedir a degradação civilizacional do país?
3. Nossa imprensa é livre?
Quanto a primeira: ambos os meios impelem o povo a optar pela força dos números. E quase a totalidade dele aceita muitas vezes por falta de opção. Incitam nesse mesmo povo a prontidão para usar o aparelho estatal em proveito do próprio grupo; o brasileiro em geral acabou se convencendo de que seu grupo imediato tem “direito de impor e dar força de lei aos seus problemas do dia a dia”. Pensando assim, a praça mal cuidada não é culpa da vizinhança desleixada, é culpa da prefeitura municipal que ainda não cresceu suficientemente seu aparato para estar onipresente; O problema do alastramento da criminalidade não tem parte da culpa em quem sugeriu que deveríamos abdicar da autodefesa, é somente culpa do Estado que ainda não criou um Estado policial onipresente; O caos burocrático não é culpa de um Estado cada vez maior, muito pelo contrário, é justamente por ainda não ter crescido o suficiente que não funciona, e assim por diante. Enfim, exemplos não faltam para ilustrar o quanto o indivíduo é degradado em prol de um comportamento grupal (ou comunal, nas palavras do lógico russo Aleksandr Zinoviev em seu livro A realidade do comunismo cuja abordagem sociológica da União Soviética tem muito a nos ensinar).
Quanto a segunda: Nossas instituições (políticas e civis) em sua grande maioria hoje servem para três coisas:

1 - Avançar as agendas marxistas de degradação moral e mental (gayzismo, abortismo, feminismo, etc.);

2 - Ridicularizar o povo — especialmente a classe média — e dizer que suas opiniões representam o que há de pior no pensamento humano (i.e. quando não age conforme a questão anterior), pois seu pensamento vai contra a agenda politicamente correta;
 
3 - Subverter o pensamento brasileiro (por força de um consenso fabricado) e destruir qualquer rastro de sanidade que resta na sociedade.
Segundo Zinoviev, quando não há instituições fortes num país (igrejas, escolas, universidades, imprensa verdadeiramente livre e liberdade real de opinião[1]) para barrar a avalanche das forças bárbaras, o que se tem como resultado é o florescimento de hipocrisia, violência, corrupção, má administração, irresponsabilidade, escassez de mão-de-obra, trapaças, grosseira, ociosidade, desinformação, falta de caráter e um sistema de privilégio para uma “privilegentsia” (os camaradas e integrantes do Partido). Tal era a situação soviética e tal é a nossa na falta de instituições fortes. Ainda de acordo com o lógico e escritor dissidente, nesse cenário “as nulidades são exaltadas e as personalidades significantes são aviltadas. Cidadãos moralmente superiores são sujeitos a perseguição e os mais talentosos e ativos são puxados para baixo até o nível do medíocre e do incompetente”. Para se chegar a esse ponto, é preciso que não só as autoridades façam isso, mas que também colegas, vizinhos e colegas de trabalho colaborem nesse empreendimento. Todos num esforço prometeico de aviltamento cujo resultado final é o império do tédio, a estagnação moral[2] e a depressão generalizada. Segundo Zinoviev, esse tipo de situação pode durar séculos.
Quanto a terceira: Sim e não. Sim, porque a imprensa ainda pode falar o que quer sem que ninguém vá para o paredón ou para o gulag. Não, porque o poder estatal é um dos maiores anunciantes do país e, portanto, influi diretamente na linha editorial dos seus anunciados ao exigir uma abordagem favorável, sob pena de cancelarem contratos multimilionários: imagine o que é para um grande veículo perder o filão de Caixa, Banco do Brasil, Petrobras, etc. Outro fato que pede uma resposta negativa é a ocupação da imprensa brasileira por milhares de militantes esquerdistas, que por sua vez permitem a existência de no máximo dois ou três articulistas “de direita” com o fim de dar a esse cenário o nome de “jogo democrático”. Há também mais um “não” à frente, pois em decorrência da questão econômica dos anunciantes e do aparelhamento ideológico a grande mídia virou um aparato de desinformação, isto é, um aparato que usa da confiabilidade que goza perante o consumidor para transmitir como verdadeiras notícias francamente falsas e, assim, alterar em prol de uma agenda específica as decisões que os próprios consumidores tomam no dia a dia. Em suma, a imprensa é parcialmente livre em pequenos veículos e em boa parte mentirosa e dissimulada nos veículos médios e grandes. É possível até mesmo noticiar verdadeiramente um fato e usá-lo para encobrir outro muito mais relevante que poderia prejudicar alguma parte interessada[3].

Conclusão

O Brasil pode ainda não ser uma União Soviética ou uma Cuba, mas ele já está preparadíssimo. Possui vários dos aspectos sociais e políticos chave de uma sociedade plenamente socialista (até mesmo a farsa eleitoral é bem parecida) e muitos sujeitos dispostos a comprar essa ideia de tirania coletiva e responsabilidade individual mínima. Porém, como bem disse Olavo de Carvalho[4], os demais países do Foro de São Paulo ainda precisam do nosso dinheiro para construírem seus paraísos socialistas.
Vivemos então num socialismo à brasileira. Coisa que só dá aqui mesmo.

Referências:
[1] v. “Gramsci e as próximas eleições” para saber como o gramscismo já eclipsou as mentes e tornou quase impossível uma divergência efetiva e consciente.
[2] Olavo de Carvalho, A Nova Era e a Revolução Cultural, v. Posfácio à edição de 2014.
[3] Alexandre Borges, “A fantástica fábrica de notícias”.
[4] Hangout entre Lobão e Olavo de Carvalho: http://www.midiasemmascara.org/artigos/cultura/15550-2014-11-20-21-17-03.html

Leonildo Trombela Junior é jornalista e tradutor.

Fonte: Mídia Sem Máscara

O que se pretende esconder com a visita de Elías Jaua ao Brasil?

Entre os dias 20 e 31 de outubro o vice-presidente e ministro do Poder Popular para os Movimentos Sociais da Venezuela, Elías Jaua Milano, conhecido como o “protetor de Miranda”, estado venezuelano do qual foi governador, esteve visitando o Brasil como já é de conhecimento de todos. Segundo informações dadas por ele, a visita tinha como objetivo “um encontro com o Movimento Sem-Terra (MST) e assinatura de acordos em matéria de formação para a liderança local e de organização produtiva de comunidades. Em segundo lugar, explorar com a Prefeitura de Curitiba convênios de capacitação, e finalmente, reuniões com empresas de medicamentos para agilizar a importação dos mesmos”.

No dia 24 de outubro a babá dos filhos de Jaua foi presa no Aeroporto de Guarulhos, pois trazia em sua bagagem de mão um revólver calibre 38, o que no Brasil se configura como crime de tráfico de armas. Yaneth del Carmen Anza disse que desconhecia o conteúdo da bagagem, pois seu patrão havia lhe pedido que trouxesse uma maleta de mão com “documentos” que havia esquecido em casa e que iria necessitar. As informações se contradizem, pois a babá afirma que não sabia da existência da arma lá, enquanto Jaua afirma que teria telefonado fazendo o pedido mas “alertando” para que tirasse a arma e que os documentos eram para os trâmites do hospital em que sua esposa estava internada.

Yaneth veio acompanhada da sogra de Jaua, num avião da PDVSA, a estatal petroleira, do mesmo modo que Jaua, pois a Nomenklatura serve-se dos bens do Estado como se fossem de sua propriedade, com a alegação de fazer companhia à esposa do ministro que estava internada no Hospital Sírio Libanês, não se sabe desde quando nem para que tipo de tratamento. Yaneth foi presa e fichada, sendo liberada no dia 31 através de um pedido de habeas corpus, cujo advogado não é mencionado em lugar nenhum, mas podemos imaginar quem foi esse “abnegado”.

Na Venezuela, onde os meios de comunicação há décadas foram seqüestrados, a notícia das visitas indesejáveis ao Brasil só tornou-se conhecida por causa do incidente da babá, caindo como uma bomba sobretudo pelo uso dos aviões da PDVSA que passara a servir a interesses pessoais, uma vez que não foi visita oficial. Jaua limitou-se a emitir uma nota pública afirmando que a arma era de seu uso pessoal, mas não explicou por que usou, para ele e acompanhantes e depois para a babá e a sogra, um bem do Estado sem o conhecimento dos cidadãos venezuelanos. 

Os jornais brasileiros informaram que houve um certo desconforto no Itamaraty que afirmou não ter sido notificado da visita de Jaua, o que faz sentido pois o chanceler de fato é Marco Aurélio Garcia que deve ter sido informado da “visita”. E comenta-se que a Srª Rousseff mostrou-se “indignada”. Entretanto, não é segredo para ninguém que o MST é o braço armado do PT, que seus militantes já tiveram treinamento com elementos das FARC e que, embora não sejam membros oficiais, participam, junto com partidos e organizações comunistas de vários países, inclusive a Venezuela, dos Encontros do Foro de São Paulo. É possível que o Itamaraty de fato desconhecesse essas visitas não-oficiais e tenha qualificado como “ingerência em assuntos internos do país”, mas certamente teve o conhecimento e apoio do PT que é acostumado a agir do mesmo modo nos países-membros do Foro de São Paulo.

Na tal maleta apreendida pela Polícia Federal havia uma quantidade enorme de papéis e documentos sobre as eleições parlamentares venezuelanas, dentre os quais encontrava-se um ensinando como fazer a “revolução socialista” com itens como “identificar e neutralizar o inimigo”, quer dizer, o opositor ao governo.

Na Venezuela a indignação das pessoas está no fato de Jaua ter feito essa viagem, com direito a babá e sogra, usando um bem público para fins pessoais, com liberação ilimitada de dólares pelo CADIV. Para nós brasileiros, entretanto, a leitura deve ser de outro matiz e a meu ver muito mais grave. Estávamos em plena campanha para o segundo turno e a visita estendeu-se até depois das eleições. Que garantias nós temos de que Jaua não veio preparar o braço armado do PT para um levante, caso não se pudesse fraudar o resultado? Os coletivos venezuelanos, que já são mais de 100, armados até os dentes e todos a serviço do PSUV (partido do Governo), sempre declararam que estavam prontos para “incendiar” a Venezuela caso Chávez, e depois Maduro, não vencessem as eleições. Preparar esta gente do MST para a “revolução socialista” deve fazer parte dos acordos internos, aqueles que só o núcleo duro do Foro de São Paulo participa, para o Brasil neste segundo mandato da Srª Rousseff.

Devemos, pois, estar preparados para o que vem a partir do próximo ano, pois o que a imprensa nacional e estrangeira tem divulgado é que o MST “está insatisfeito com o governo” para distrair a população sobre os acordos internos que são tramados assim, como essa visita de Jaua e comitiva ao Brasil. Tudo teria passado despercebido se não fosse uma serviçal fiel mas tonta, que acreditou que seu patrão tinha poder sobre o céu e a terra.



segunda-feira, 24 de novembro de 2014

FHC que me perdoe, mas é imperdoável

Percival Puggina

Fernando Henrique descumpriu um dever moral perante o qual não poderia se omitir. Não é próprio dos homens de bem tolerar o que ele tolerou.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que me perdoe. Malgrado seus muitos e inegáveis méritos, ele tem grande responsabilidade pela expansão e consolidação de seus opositores no poder.

 Sim, a nação lhe deve boas iniciativas. Mas ele tem grave responsabilidade pela chegada do PT ao poder. Nada fez para evitar que isso acontecesse. Franqueou ao partido da estrela acesso à alma de parcela significativa do povo brasileiro pela via da mistificação e da mentira. Enquanto no governo, Fernando Henrique Cardoso prestava atenção e levava em grande conta o que Lula dizia. Havia algo de petista, um pigarro socialista, na garganta e na alma do acadêmico que governou o Brasil durante oito anos. Lula, por seu turno, uma vez eleito, teve o mérito de manter o que havia de melhor nas políticas de seu antecessor, lixando-se para o seu próprio discurso e para seu partido. Está aí o principal motivo do maior sucesso político do governo de Lula sobre o de FHC. Como consequência, o PT cresceu mais com FHC do que com Lula. Com Lula, o PT ganhou o controle da máquina. Com FHC o controle de corações e mentes.

O ex-presidente que me perdoe, mas isso é imperdoável. Visivelmente, ofereceu-se ele em holocausto para a vitória do PT. Tirou o casaco, a gravata e abriu a camisa para o assassinato de sua reputação. Permitiu que o importante trabalho social iniciado por sua mulher, Ruth Cardoso, fosse menosprezado e, depois, usurpado por seus adversários. Omitiu-se nas eleições subsequentes ou, por tudo isso, foi alijado delas por seus correligionários Serra e Alckmin. Retornou agora, tarde demais, idoso demais, irrelevante demais, na campanha de Aécio Neves.
Não agiu contra o assassinato da própria reputação. Não mostrou que o PT no governo, com todos os meios de investigação disponíveis, não provou uma única das acusações que lhe fez ao longo de oito anos. Não exibiu o consagrador estado de probidade administrativa representado por esse silêncio. Não se valeu dele para mostrar a criminosa capacidade de difamar e injuriar que caracteriza o petismo. Com tudo isso, Fernando Henrique descumpriu um dever moral perante o qual não poderia se omitir. Não é próprio dos homens de bem tolerar o que ele tolerou. Por agir como agiu, tornou possível o escárnio dos escárnios, que se manifesta quando os petistas, confrontados com a indizível tragédia moral em que se meteram, permitem-se afirmar que não são piores do que os demais. E encontram quem neles creia!

Ao abrir caminho, como de fato abriu, para o crescimento do PT e sua ascensão ao poder, Fernando Henrique fez mal ao Brasil. Desde que li o Manifesto de fundação do PT em 1980, eu sabia o que era e o que viria a ser esse partido. Com muito maior razão ele, homem inteligente e político experiente, tinha que saber o que iria acontecer quando o país caísse nas mãos em que veio a cair.

www.puggina.org

Fonte: Mídia Sem Máscara

Rosseto e o MST: não sabe de nada? Inocente?

I.
No dia 12 de Novembro, Miguel Rossetto - o Ministro do Desenvolvimento Agrário de Dilma Rousseff - disse, em Audiência Pública na Câmara dos Deputados, que "desconhece" o acordo firmado entre o MST e o governo bolivariano da Venezuela. Um pacto que prevê doutrinação e treinamento de guerrilha para os sem-terra, e que tem o objetivo de fazer avançar a "revolução socialista" no Brasil. Mas será que o ministro PETISTA realmente não sabe de nada? Porque ele conhece muito bem a natureza e o propósito das atividades promovidas pelo MST.
Em 2005, Miguel Rossetto era o ministro do Desenvolvimento Agrarário do ex-Presidente Luiz Inácio. Naquele ano, ele participou da inauguração da Escola Nacional Florestan Fernandes (EFNN), a escola de "formação" dos sem-terra (Cf. imagem). Para escândalo geral, era um ministro de Estado participando - sem o menor constrangimento - das celebrações de uma quadrilha que organiza e fomenta ações criminosas por todo o país.
Pior. Miguel Rossetto não presenciou apenas as felicitações dirigidas aos sem-terra por Maximilian Averlaiz - assessor e representante do governo venezuelano. Na cerimônia que inaugurou a escola onde recentemente foi firmado o acordo entre o MST e o governo bolivariano, o ministro Rossetto ouviu de Egydio Brunetto, integrante da direção nacional do movimento:
"É a principal escola que vamos ter para formar quadros para ocupar terras" [...] "Sejam os latifúndios produtivos ou improdutivos. Formar quadros para ocupar terras é o principal objetivo da escola" (Fonte: O Estado de São Paulo, 24 de Janeiro de 2005 [http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/314878/noticia.htm?sequence=1]).
Pelo visto, o ministro Miguel Rossetto não parece ser tão inocente assim...
(*) Com foto e informações de "Brasil de Fato", 27JAN-02FEV de 2005.

II.
Em 2005, Miguel Rossetto participou da inauguração da Escola Latino-americana de Agroecologia (ELAA). Situada no município da Lapa, no estado do Paraná, a ELAA é uma iniciativa do MST nos moldes da Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), a escola de "formação" dos sem-terra.
A ELAA contou com as contribuições do governo paranaense, na época representado por Roberto Requião (PMDB), e do governo federal, por meio da UFPR (Universidade Federal do Paraná). Mas a escola do MST é sobretudo uma PARCERIA com o governo bolivariano da Venezuela (Cf. imagem - Fonte: Jornal Sem Terra, Setembro de 2005, p. 07).
Na solenidade de inauguração da ELAA, o ministro Rossetto - então ministro do Desenvolvimento Agrário de Luiz Inácio - tinha as companhias do governador do estado do Paraná, de João Pedro Stédile - líder máximo dos sem-terra -, e Judith Valência, professora da Universidade Central da Venezuela.
No entanto, é incrível. Quanta "inocência" e "ingenuidade"... Miguel Rossetto - agora ministro do Desenvolvimento Agrário da Presidente PETISTA Dilma Rousseff - diz "desconhecer" o acordo de cooperação firmado recentemente pelo MST com o governo venezuelano, acordo que prevê doutrinação socialista-comunista e treinamento de guerrilha para os sem-terra.
III.
Este é Miguel Rosseto. O ministro do Desenvolvimento Agrário da Presidente Dilma que, "pobre inocente", diz "desconhecer" o acordo firmado entre o MST e o governo bolivariano da Venezuela para doutrinação socialista-comunista e treinamento guerrilheiro dos sem-terra.
Em 2004, o ministro Rossetto - ocupando a mesma pasta dentro do governo Luiz Inácio - participou das comemorações do aniversário de 20 anos do MST, celebrado na cidade de Itupeva, em São Paulo. Na cerimônia, o ministro Rossetto discursou entusiasmado; sorridente, ergueu o braço junto com João Pedro Stédile, o líder máximo do MST; viu as crianças cantarem o hino da Internacional Socialista (Cf. imagens. Fonte: EBC Memória, 21 de Junho de 2004 [http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/galeria/2004-06-21/21-de-junho-de-2004]).
Esse é o "ingênuo" ministro Rossetto...
IV.
Ora, ora, ora... o ministro Miguel Rossetto disse em Audiência Pública na Câmara dos Deputados que "desconhece" o acordo firmado entre o MST e o governo bolivariano da Venezuela. No entanto, o ministro do Desenvolvimento Agrário da Presidente Dilma, conhece, e conhece muito bem, Elías Jaua - o emissário de Nicolás Maduro que veio recentemente ao Brasil.
Em 2005, o ministro Rossetto - ocupando no governo Luiz Inácio a mesma pasta que hoje conduz para Dilma Rousseff - também estabeleceu um "acordo de cooperação" com a Venezuela. Um acordo que estabelecia "troca de informações" sobre "os setores do desenvolvimento agrário, do desenvolvimento social". Naquele ato, o representante do governo bolivariano - que estava a mando do tiranete Hugo Chávez - era ninguém menos que Elías Jaua, então ministro da Economia Popular da Venezuela (Cf. imagem - os destaques em vermelho e as fotos são acréscimos meus. Link: Ministério do Desenvolvimento Agrário [http://www.mda.gov.br/sitemda/noticias/modelos-de-projetos-p%C3%BAblicos-de-irriga%C3%A7%C3%A3o-para-agricultura-familiar-%C3%A9-tema-de-debate-na?page=1361]).


Eis o "ingênuo" ministro Rossetto... Ele que tem o dever de prestar esclarecimentos públicos sobre os termos do acordo firmado com Elías Jaua em 2005, e o que estava fazendo à mesa com um sujeito que que agora vem ao país para assumir um compromisso com MST: doutrinar os sem-terra e treiná-los em ações de guerrilha para fazer avançar a "revolução socialista" no Brasil.

V.
Em 2003, Miguel Rossetto disse que a não havia nenhum ponto de conflito entre o seu projeto de reforma agrária e o que é exigido pelos sem-terra. Nas páginas amarelas da revista Veja, ele observou que a única divergência que tinha com João Pedro Stédile estava no futebol: Rossetto é colorado, Stédile, gremista. Por isso, o então ministro do Desenvolvimento Agrário do ex-Presidente Luiz Inácio ressaltou que poderia inclusive nomear o líder máximo do MST para ajudá-lo a conduzir a reforma agrária (Cf. Imagem - os destaques em vermelho são meus. A entrevista completa pode ser lida neste link: [http://veja.abril.com.br/260303/entrevista.html]).
É mais uma do ministro Rossetto - o "pobre inocente" ministro do Desenvolvimento Agrário da Presidente Dilma que diz "desconhecer" o acordo de colaboração firmado entre o MST e o governo bolivariano da Venezuela, um acordo que prevê a doutrinação socialista-comunista e treinamento guerrilheiro para os sem-terra.

Mais sobre o assunto:

BRAGA, Bruno. "MST - acordo bolivariano, doutrinação e guerrilha" [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/11/mst-acordo-bolivariano-doutrinacao-e.html].
______. "A Escola do MST, o acordo bolivariano e o treinamento dos sem-terra" [http://b-braga.blogspot.com.br/2014/11/a-escola-do-mst-o-acordo-bolivariano-e.html].

http://b-braga.blogspot.com.br/

Fonte: Mídia Sem Máscara

A voz do povo

 Olavo de Carvalho

O Brasil é o único país da galáxia no qual apuração secreta é coisa democrática e exigir recontagem de votos é antidemocrático. O tom de aparente sinceridade, até de inocência, com que tantas pessoas consideradas cultas enunciam esses julgamentos mostra que os últimos vestígios de educação política desapareceram do cérebro nacional. Só a educação política? Não. A racionalidade em geral. A total insensatez tornou-se critério de normalidade.
Carl Schmitt, o desafortunado filósofo que meio involuntariamente ajudou a formular os planos do Estado nazista, definia a política como aquele campo da atividade humana no qual nenhuma resposta racional às dúvidas é possível e onde, portanto, só o que resta é reunir os "amigos" contra os "inimigos".
Há muitas situações que são incontornavelmente políticas, nesse sentido. Uma eleição é o exemplo mais típico. É impossível provar racionalmente que X será melhor ou pior governante que Y. Pode-se conjeturar o futuro em termos de probabilidade razoável, mas nem todos os melhores cálculos probabilísticos do mundo, somados, poderão jamais eliminar a sua própria margem de erro e provar racionalmente que ninguém deve apostar nela. A decisão, portanto, é política em sentido estrito.
Apuração de votos, no entanto, não é uma questão política de maneira alguma. É uma questão de aritmética e de verificação idônea.
Também não é de maneira alguma uma tomada de posição política afirmar que uma apuração secreta, inacessível a qualquer averiguação popular ou recontagem de votos, é uma aberração autoritária incompatível com a idéia de “democracia”, mesmo tomada na sua acepção mais elástica. É uma questão de lógica, de pura comparação de conceitos.
E não é uma questão política saber o sentido da palavra “democracia”. É uma questão de consulta ao dicionário. Democracia sem transparência, democracia onde todo mundo é obrigado a aceitar, sem questionamentos, a palavra de um funcionário estatal altamente suspeito de parcialidade e o parecer técnico de uma empresa já mil vezes acusada de fraude, não é democracia em nenhum sentido identificável da palavra. No entanto, todo o establishment político e midiático deste país, todas as mentes iluminadas e pessoas maravilhosas repetem que é, e chamam de “extremista de direita” quem insista em exigir eleições limpas, com apuração controlada pelo povo. Quem é extremista, nós ou o beautiful people que quer nos fazer engolir essa politização forçada, esse schmittianismo psicótico?
O simples fato de que respondam com uma rotulação ideológica pejorativa a uma afirmação auto-evidente já mostra que querem transferir a discussão do campo da razão para o da guerra política nua e crua. Não querem saber se você diz a verdade. Só o que lhes interessa é se você está no grupo dos “amigos” ou dos “inimigos”. E no mesmo instante em que fazem isso têm ainda a cara de pau de discursar contra o “fanatismo” e a “radicalização”.
Apuração secreta é fraude. É fraude em si mesma, independentemente de pequenas fraudes pontuais que possam ocorrer também. É fraude e é a negação ostensiva de todo princípio democrático.
Não podemos aceitar essa imposição de maneira alguma, quer venha do governo, da mídia chique ou de uma oposição vendida, frouxa e cúmplice.
Muito menos é uma questão política saber se o Foro de São Paulo é ou não é a maior e mais poderosa organização política que já existiu no continente, se nele se irmanam ou não se irmanam partidos legais com organizações criminosas, se nele os destinos das nações são ou não são decididos em segredo, pelas costas dos povos. Tudo isso é fato tão bem documentado que até os mais fiéis e destacados membros dessa organização o confessam. O sr. Lula em primeiro lugar.
Mas, para os nossos políticos que se dizem “de oposição”, falar disso é “extremismo de direita”. São eles que politizam tudo, são eles que fogem do campo dos fatos verificáveis para o dos carimbos ideológicos.  E, no entanto, os extremistas somos nós.
Continua vigorando, com total e unânime aprovação da classe política, o acordo que segundo o sr. Fernando Henrique Cardoso existe entre o seu partido e o PT: Nada de divergências ideológicas ou estratégicas, apenas disputa de cargos, donde a redução do confronto partidário a dois itens : corrupção e má administração. Isso é disputa de prefeitura do interior. É rebaixamento da República brasileira à condição de papagaio amestrado, que só diz o que o dono manda.
Por mais "dura" que seja a oposição prometida por quem se autonomeia opositor no Congresso Nacional, enquanto ela se limitar a questões de incompetência administrativa e roubo, sem mencionar o maior dos crimes, que é o Foro de São Paulo, continuará subserviente ao pacto de contornar divergências ideológicas.
É esse tipo de mordaça anestésica que o povo não suporta mais. É por isso que, saltando por cima dos representantes que se recusam a representá-lo, hoje ele sai às ruas para dizer o que eles não querem que ninguém diga.
Pois agora vão ter de ouvi-lo e segui-lo, ou ficar para trás e ser jogados na lata de lixo do esquecimento.

http://olavodecarvalho.org

Fonte: Mídia Sem Máscara

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Desesperado, PT convoca militância às armas

O PT, apesar da vitória, está desesperado. Sentiu que ganhou por muito pouco, mesmo abusando da máquina estatal, fazendo terrorismo eleitoral, campanha difamatória abjeta, etc. Sabe que a economia vai piorar com a gestão de Dilma e que em 2018, se ela chegar até lá, a derrota será inevitável. Até porque a oposição acordou, e o PT perdeu o monopólio das ruas.
É isso que o partido não engole de jeito algum. Sempre teve militantes a soldo prontos para tomarem as ruas com seus protestos orquestrados pela cúpula partidária. Agora, vemos manifestações espontâneas tomando as ruas e pedindo mais investigações, eventualmente até mesmo o impeachment se ficar comprovada a participação de Dilma no Petrolão.
Furiosos, aloprados, irascíveis, e dando vazão ao seu ímpeto golpista e revolucionário, o PT resolveu apelar e convocar sua militância às armas. Isso mesmo: às armas! Mas golpistas somos nós, que lutamos para preservar a democracia e o estado de direito. Vejam com seus próprios olhos:
A campanha, colocada nas redes sociais da legenda na manhã desta terça-feira. A mensagem postada com o título “Militância, às armas” no perfil oficial do Partidos dos Trabalhadores no Facebook afirma que a vitória da presidente Dilma Rousseff “revelou o desespero de setores que insistem em ignorar a vontade da população”. E que os “representantes do atraso” estariam tentando manter o acirramento para desestabilizar o segundo mandato da presidente reeleita no último dia 26 de outubro com 51,64% dos votos.
[...]
Nos últimos 10 dias, mais 185 mil menções pedindo a retirada da presidente do cargo foram registradas nas redes sociais. Na segunda-feira após as eleições, 35.983 menagens nas redes sociais pediam a assinatura de uma petição online pra pedir impeachment. Ontem, foram mais de mil menções.
Quem revelou o desespero foi o PT, que não admite oposição nas ruas, pois as considera sua propriedade exclusiva. O PT quando era oposição ia às ruas pedir impeachment de Collor e a saída de FHC. Por que não podemos fazer isso agora? Só porque o PT está no governo e é a bola da vez? Mesmo sendo o partido que se mostrou o mais corrupto de todos?
Não aceitamos essas ameaças, essa tentativa patética de intimidação. Sabemos do que os petistas são capazes, mas por isso mesmo vamos continuar nas ruas, protestando, demandando investigações, exigindo nossos direitos e o pleno funcionamento da nossa democracia.
É por termos plena consciência de o que é o PT e o que ele deseja que estamos dispostos a lutar, com as armas republicanas, contra o golpe almejado por aqueles que querem pegar em armas para defender a corrupção. Não passarão!

Rodrigo Constantino

Fonte: Rodrigo Constantino